O CABARET - PARTE II


" Não sei se isso vai ser possível." diz pausadamente o Jacinto " A banca dos bolos está a ter sucesso e que ela cante aqui aos sábados à noite para ganhar uns dinheiros extra... até concordo. Mas largar tudo assim só porque sonhou ser fadista, não!" afirma " E, depois eu e os rapazes temos que passar uns dias em Lamego, a preparar o jardim do bispo e ela não vai sozinha!"

" Vai comigo!" atalha o Tadeu, enquanto Letícia Violeta abre a boca de espanto.  Luis Abençoado apressa-se a pedir um outro copo: " Duplo!" acrescenta, não vá a rapariga dizer o que se passa no camarim da Esmeralda todas as vezes que o Jacinto se ausenta.

" Pois, mas acho que devo estar presente. A Esmeralda é muito ingénua, muito sonhadora..." replica Jacinto e Letícia Violeta tem que morder os lábios para não lhe dizer que a Esmeralda é tudo menos ingénua.

" Olha, a Letícia Violeta pode ir connosco!" sugere o Tadeu, mas aquela abana a cabeça veementemente.

" Não, não. Prometi à Esmeralda que a substituía na banca dos bolos." responde.

" E, eu faço-lhe companhia!"  quase grita o Luis Abençoado.

" Oh, Sr Luis, será que sobrevive sem os copos? " brinca a Letícia.


CONTINUA

Comentários

Oi amiga Marta, tenho acompanhado a história, mas não todas as partes. Gosto muito de teus textos que são sempre bem redigidos com conteúdos que prendem. Essa história do cabaré deverá trazer grandes surpresas, pois nesses tipos de ambiente sempre elas ocorrem. Parabéns! Grande abraço. Laerte.

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