A EMPRESA - PARTE III


Talvez seja o sucesso a subir-me à cabeça...

 Mudo de instalações, contrato mais assistentes e negocio novas parcerias.

A empresa ganha alguns prêmios e até aceito organizar workshops.

Dado o volume de trabalho previsto para Julho e Agosto, a Ana, uma das minhas assistentes, convence-me a contratar dois estagiários.

"Para fazerem o trabalho mais banal..." explica-me e, como concordo, ela diz que vai contactar o IEFP e outras instituições.

Duas semanas depois, temos dois rapazes a trabalharem na empresa.

Devem ter cerca de 22, 23 anos. São discretos e bem-educados e a Ana segreda-me que um deles está desempregado e o outro está a acabar um dos Cursos organizados pela Master D.

" Ok, confio em ti. Mas és a responsável por eles." acrescento e não penso mais no assunto até àquele dia em que os surpreendo a discutir.

É um almoço de negócios com uma ementa simples. Resolvo passar por lá para ver se não há falhas.

São clientes antigos; merecem o melhor.  A Ana não está, o que me surpreende e a Carolina, outra das nossas colaboradoras, diz-me que ela lhe pediu para a substituir.

" Não se preocupe, Mena. Está tudo bem!" assegura-me, enquanto dá os últimos retoques ao arranjo de flores.

Atravesso o corredor para ir até à copa e quando me aproximo da porta, ouço duas vozes exaltadas.


(CONTINUA)

Comentários

Sofá Amarelo disse…
Além do enredo bem engendrado, um profundo conhecimento das coisas reais do trabalho e das instituições, o que vem valorizar a história e o drama... que virá depois da exaltação?
Graça Pires disse…
As vozes exaltadas fazem-me ficar com vontade de saber o que se segue...
Boa narrativa, Marta.
Beijos.

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