A VERDADEIRA HISTÓRIA DO ZÉ DO LAÇO - PARTE VII
A mulher que entra é sexy e sabe que o é.
O perfume dela ainda se insinua às minhas narinas e a mão arde-me onde ela me tocou.
" Tem calma, Zé. Olha que ela não é para o teu bico!" repreendo-me enquanto ela correspondeu ao beijo sensual com que Mateus (assim se chama o "convidado" do Torcato) a cumprimenta.
Leão faz-me sinal para avançar e chegamos ao restaurante quase em cima da hora.
Eles desaparecem no interior e o Leão diz-me para voltar dali a hora e meia, duas horas.
Procuro um restaurante calmo para jantar e leio o jornal. Às vinte e três horas estaciono em frente do restaurante, mas não há sinal nem do Leão nem dos "convidados".
Ligo o rádio e escolho uma estação que só dá música. Entusiasmo-me, ponho a música alta e só dou conta que eles saíram quando o Leão bate com força no vidro.
Saio com um sorriso de desculpa, mas eles nem dão conta, tão agarrados estão um ao outro.
Entram, o Leão instala-se ao meu lado e arrancamos.
" Para onde?" pergunto e ela responde alegremente: " Para minha casa, na Estrada da Murta!"
Ele segreda-lhe qualquer coisa e ela desata a rir. Beijam-se furiosamente e Leão sobe o vidro da divisória.
Há risos, gritos de prazer, mas tanto eu como o Leão mantemos o olhar na estrada.
Ao entrarmos na Estrada da Murta, questiono com o olhar o guarda-costa que baixa o vidro e pergunta:
" Onde? " e uma voz grita: " A vivenda branca com as portadas verdes. " Casa Paixão ", o portão deve estar aberto."
Olho rapidamente pelo espelho. Ela já está meia despida e ele está em tronco nu.
Lá está a vivenda e o portão está aberto como ela disse.
Paro o carro e a porta abre-se violentamente. Ela tenta fugir, tropeça, mas ele agarra-a pelo cabelo.
" Para! Mas o que é isto? O que estás a fazer?" grita. Preparo-me para a socorrer, mas o guarda-costas impede-me.
" Fica quieto!" rosna e eu fico quieto.
Ela continua a gritar, mas ele limita-se a arrastá-la para dentro e fecha a porta com determinação.
(CONTINUA)
Comentários
Um beijo.
beijo