A HISTÓRIA DO ZÉ DO LAÇO - PARTE II


O Zé da Viola olha em volta para se certificar de que estávamos sozinhos e sussurra:

" O meu patrão anda à procura de um motorista discreto... Que saiba estar calado, percebes? Mesmo que as situações lhe pareçam, digamos, estranhas..." concluiu.

Estranhas? "Não há nada de estranho em guiar um carro!" penso e digo-o alto.

O Zé da Viola ri-se e bate-me no ombro: " Vais ser perfeito!"  Inclina-se mais e em voz baixa, dá-me uma série de instruções que sigo rigorosamente no dia seguinte.

Não conheço bem esta zona da cidade e por isso, chego cedo demais.

Escolho a mesa em frente à janela e peço um café. Dobro o jornal, como disse o Zé e coloco-o na cadeira da mesa ao lado.

E espero.... 


(CONTINUA)  

Comentários

Sofá Amarelo disse…
Os motoristas deverão ser sempre discretos se querem conservar o emprego. São confidentes e sabem coisas que poderiam derrubar governos. Um motorista é sempre um bom ingrediente numa história policial... esperemos, então, pelo desenvolvimento...

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