Mensagens

A mostrar mensagens de julho, 2015

JOGO

Dizem que a vida é um jogo... Se é, perdi esta jogada... Talvez por minha culpa... Por não entender toda esta agressividade...  Esta necessidade de humilhar os outros... Por isso, hoje não vou olhar o Mundo...

BELLA - FIM

Teresa voltou a sentar-se. Sentia-se vazia e culpada, não sabia bem de quê. A única certeza que tinha era que a vida ia mudar. Drasticamente! Entretanto, Bella adorou o passeio na praia. Escavou vários túneis, ladrou às gaivotas e jogou futebol com uns miúdos tão endiabrados como ela. Quando regressou a casa, estava tão cansada que nem reparou que havia uma reunião familiar à porta fechada. A vida continuou a decorrer tranquila e se bem que achasse estranha a ausência de Gustavo, não lhe deu muita importância. Nem mesmo quando colocaram a placard com a palavra “VENDE-SE” no jardim. Ou quando viu as caixas de cartão que Alice começou a montar e a encher com roupas e outras coisas. Só se assustou verdadeiramente quando viu a casa vazia e o Dr Gustavo a fez entrar no carro, dizendo: “ Anda lá, Bella! Vamos para a nova casa! Tu vais gostar!” Mas Bella não gostou. Não tinha jardim, apenas um grande terraço e a nova mulher do Dr Gustavo não a deixava vaguear livremente pela cas

BELLA - IV PARTE

" Olá, Alice. Está tudo bem consigo? “ perguntou Gustavo e pouco faltou para Alice deixar cair o auscultador. Teresa levantou a cabeça e a cadelinha aproximou-se curiosa de Alice que fez um esforço para responder civilmente. “ Olá, Dr Gustavo. Estou bem e o Senhor?” e olhou para Teresa, que lhe fez sinal de que não falaria com ele. Mas não era com a mulher que o Dr Gustavo queria falar. “ Obrigada. Era mesmo consigo que eu queria falar, Alice. Queria que me fizesse as malas; duas, pelo menos. O resto vejo depois com a Teresa. Não se importa de fazer isso agora enquanto eu vou dar um passeio com a Bella?” “ Claro que não, Dr Gustavo!” respondeu Alice, consciente da agitação crescente de Teresa. “ Óptimo!” sorriu Gustavo “ Estou estacionado em frente ao portão. Ponha a trela na cadela e traga-a até aqui. Acha que uma hora e meia chega para me fazer as malas? Levo-as quando trouxer a cadela!” e sem lhe dar tempo para reagir, desligou. Teresa atirou a chávena contra a pa

BELLA - III Parte

“ Então, então...” repetia Alice “ Vai ver que é só um mal-entendido!” mas Teresa abanou a cabeça e soluçou: “ Não, ele tem OUTRA! Quer casar com ela!” e Alice teve que se sentar com o espanto. Bella tentou chamar-lhe a atenção, mas a Alice afastou-a bruscamente. Ainda abriu a boca para dizer qualquer coisa, mas nenhum som saiu e só o choro de Teresa interrompia o silêncio. A cadelinha enroscou-se no cesto. “ Que se passa com esta gente? Ainda ontem riam e agora choram. Não entendo nada!” e fechou os olhos. O telefone assustou-as e Alice levantou-se pesadamente. Também ela não sabia o que pensar e muito menos o que dizer àquela mulher chorosa. Quem diria que toda aquela paixão ia desaparecer? Suspirou e pegou no auscultador: “ Bom dia!” tentou ser o mais natural, mas a sua voz soou rouca e a pessoa do outro lado notou. (Continua)

BELLA - II PARTE

Percorreu a casa inteira, farejou-o em todas as divisões, mas não o encontrou. “ Estranho! ” pensou “ Onde se meteu? “ e voltou para a sala. As luzes já estavam apagadas e a cadelinha resolveu ficar ali entre o sofá e a mesa do café. O dia seguinte amanheceu cheio de Sol e a cadelinha espreguiçou-se satisfeita. Resolveu ir até à cozinha e ficou apreensiva porque estava deserta. Geralmente, ele já lá estava a fazer café e abria-lhe a porta que dava para o jardim. Tinha que esperar que alguém aparecesse e Deus queira que não demorassem muito. Precisava mesmo de ir ao jardim e sabia muito bem que a Alice não gostava nada que ela fizesse xixi ali. Em breve, ouviu a chave na fechadura e precipitou-se ao encontro da Alice que apanhou um valente susto. “ Oh, Bella, o que fazes aqui? Porque é que não estás no jardim? “ exclamou mas a cadelinha escapou-se. Deu uma grande volta pelo jardim, cheirando as rosas e os amores-perfeitos e obrigou o gato da vizinha a subir rapidamente

BELLA

Esta é a história de uma cadelinha que vivia no meio de sedas sussurrantes e veludos macios. Havia igualmente um grande jardim que ela gostava de explorar.  E no jardineiro tinha um bom amigo, apesar das partidas que lhe pregava. A vida decorria ociosamente até que uma noite houve vozes alteradas e uma porta batida com força. A cadelinha ficou curiosa e foi até à sala onde encontrou alguém a chorar. Aproximou-se dela, pôs o focinho nos seus joelhos e esperou por uma festa. Esperou em vão, pois ignoraram-na e a cadelinha foi então à procura da outra pessoa da casa. (Continua)

VELUDO

Veludo confortável, Que se torna numa segunda pele... Numa sensação de conforto que envolve todo o meu corpo... Que conquista tudo... Até a alma... Sinto o roçar macio do veludo na minha pele nua.......... Sinto os teus braços em mim... Primeiro, tocam-me no pescoço e depois descem pelas costas.... Lentamente..... TEMA: Palavras de Veludo Poema a publicar numa nova colectânea brevemente

SUSPENSO

Não sei o que está escrito no Vento... Já não lhe escuto a voz... E sinto-me tão só.... Como se o tempo estivesse em suspenso... À espera de uma palavra mágica  para recomeçar a girar...

IMPORTA

Hoje... Nem uma história sobre a chuva quero escrever... Quero apenas esquecer... Mas esquecer o quê verdadeiramente? Para ser sincera... isso nem mais importa....