INSINUAÇÕES
Talvez hoje
queira insinuar-me à tua pele
Confundir-te
quando escorrego pelo teu corpo
Entontecer-te
com os meus loucos desejos
Seduzir-te
abelha no mel do meu desejo
Afogar-te
na mata virgem do meu mar
Talvez hoje
queira perder-me e encontrar
a vela erguida do teu mastro
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E diz mais:« talvez hoje queira perder-me e encontrar a vela erguida do teu mastro...»
Não pude impedir-me de sorrir. A poeta (há quem diga poetiza sem se referir, como é óbvio, à mulher do poeta), denota, «hoje», um sentido de humor surpreendente de mistura com muita perspicácia. O «talvez» pressupõe que não tem a certeza. Já o «hoje» funciona como limite temporal para as «insinuações» poderem ser legitimadas. É a velha história que «com um vestido preto eu nunca me comprometo».
As suas maravilhosas «insinuações» constituem um poema enigmático que muito me encantou. Eu adoro o enigma! Instigo-a, vivamente, a explorar o tema de levar a sorrir os assuntos mais sérios. Parabéns!
Marta, querida amiga, desejo que tenhas um Feliz 2013.
Beijo.
Beijinhos e um Bom Ano de 2013 :-)
Curto poema de grante intesidade.
Feliz ano de 2013!...
Beijos