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A mostrar mensagens de janeiro, 2007

SAUDADES

Diz-me a brisa que saudades minhas tens....... Tão fácil de encontrar eu sou........ Basta apenas atravessar o dourado do sol e mergulhar no prateado da lua..... Cuidado, no entanto, ao atravessar esse deserto... Engano pensar que só estás.... Dizem que é aí, nessa fronteira entre o sol e a lua, que o Olimpo se ergue... E a ira dos Deuses não convém atrair................ Pois, embora disfarce, isso igualmente eu sinto..... Saudades.......

SORTE

Um medalhão... Alguém desenhou na vidraça....... As minhas iniciais entrelaçadas...... "mm" E trevos de 4 folhas....... Quem me deseja sorte? Quem?? Pergunto.... Ninguém responde e as gotas de orvalho, até aí suspensas, hesitantes, pela impaciência são dominadas..... e descem pelo vidro........ Desfazem o medalhão, mas na memória gravada fica a mensagem........ De palavras de amor inscritas no silêncio.......

TUDO OU NADA

Choco, Embato, Estilhaço-me, Destruo... Caos, perdas vidros esmigalhados, corações torturados e partidos.......... Fragmentos e nada mais........... Para sempre........... Mas também te faço sorrir......... Canso-te no auge da paixão desenfreada... Cresço contigo, desafio os teus sentidos.... Falo-te no silêncio da casa, da alma, do coração.... Perfeita não sou, nem perfeita te posso tornar........ Mas sou tua................. A tua palavra, o teu mantra.......

MARÉ DA VIDA

Horas e horas que passei….. Folhas e folhas do caderno com duas linhas repletas de vogais, consoantes, palavras inteiras…………… Para aperfeiçoar a letra…………. Raramente satisfeita foi a exigência de quem os deveres me vigia………………. Mas agora deixo fluir as palavras, deixo que se transformem em estrelas, em castelos, em fadas e em feiticeiras, que rimem com o vento, façam tatuagens no meu corpo............ Vibrem, conquistem, sonhem, desenhem o sol na maré da vida …………… Da minha vida… Que está, finalmente, nas minhas mãos...........

A MINHA CARTA

A minha carta?? ** Mas é para ti……….. Meu lindo, Há tanto tempo que notícias tuas não tinha… E, eis que, finalmente, uma carta manuscrita recebo………. Meu Deus! Estará escrita em código, pois gatafunhos tais decifrar, não consigo… Ou novamente para a escola estás a precisar de ir… Não que a minha letra perfeita seja………….. Sempre a escrever,quase à velocidade da luz, abreviaturas muito pessoais, acentos esquecidos para facilitar a rotina diária… E, que o PC trata e transforma de uma maneira muito impessoal…. Mas esmero-me quando uma carta “verdadeira” escrevo… Tento desenhar correctamente as letras, dos acentos e das regras gramaticais não me esqueço …. Confundo, às vezes, o inglês com o português… Mas isso é o que se chama “deformação profissional”……………. Beijos profundos Marta ** Resposta às cartas recebidas no post/desafio anterior "Escrevam-me uma carta"

ESCREVAM-ME UMA CARTA - O DESAFIO

Uma carta Esse é meu desafio......... Uma carta - escrevam-me uma carta!!! Para aqui - nos comentários!!!!!! Nada de formalismos!!! Nem precisa de ser longa!!! Simplesmente uma carta amigável, brincalhona, saudável... O que quiserem... desde a descrição do vestido sexy, o jantar romântico com o/a novo/a namorado/a, etc...... Não aceito palavras como "Oi, olá, como estás? Tudo fixe? Xau"....... Deixem a vossa imaginação trabalhar........surpreendam A minha carta?? Mais tarde a escreverei........ Até lá, as vossas aguardo.................. E deixo um grande xi........ Do fundo do coração........

CARTA III - O INVERSO

Já sei... Já sei que não vens...... Mesmo antes de me entregarem este patético pedaço de papel... De fotocópia, cortado toscamente, sem alma..... Eu já sabia.... Nem olhei para a cara do empregado... Sei que, no seu olhar, leria troça, desprezo, pena........ Talvez seja isso que eu mereça......... Pelas horas que aqui passei, à tua espera....... E, quando te dignavas a aparecer, eras arrogante e malcriado........... Para mim... Nunca para os outros..... Agora, tudo acabou..... Fria, cruel, dolorosamente... Para mim........novamente..... Tu?? Já nem te lembras do que aqui escreveste...... e estás, por aí, algures, feliz, despreocupado, a gozar a vida que, dizes tu, muito a sério eu levo...................

CARTA II - CARTA DE AMOR FALA

Sim, minha querida, sou uma carta de amor.... Esse papel velho, sem cor, muito dobrado, quase a desfazer-se... Uma missiva cheia de palavras antiquadas, pomposas, de ortografia duvidosa e que te fazem rir...... Cartas de amor escritas religiosamente pelo teu avó, neste papel fino, elegante, feito especialmente....... Todos os anos... Entregues carinhosamente com uma rosa fresca à tua avó... Para quê? Perguntas.. Para manterem vivo o dia em que se conheceram........ Mesmo depois de casados, com filhos, netos....... Se era amor eterno.......... Não sei......... Se eles acreditavam nisso??? Viveram juntos até morrer, não viveram??? É o que a vida escreveu na página deles e lá para sempre está........... NOTA: Chama-se Carta II e faz parte do post anterior. Sugiro, portanto a leitura dos 2 posts e dos seguintes, pois vai haver continuação.

A CARTA

Há anos que estou esquecida, votada ao desprezo......... Já ninguém sabe como é escrever uma carta.......... Escolher o papel cuidadosamente, liso, branco ou mais sofisticado, colorido, com um desenho estampado num dos cantos...... A pomposa caneta de tinta permanente ou uma simples esferográfica Bic..... A frase de abertura: Ex.mos Senhores – muito formal, a criar uma barreira Meu querido, meu amor, minha paixão - uma explosão, uma declaração de sentimentos profundos... Olá, lindo - numa manifestação descontraída, mas não menos carinhosa de amizade.... O texto em si, discreto, apaixonado ou brincalhão... E, finalmente para terminar....... Com os melhores cumprimentos.... Ciao amore mio, paixão da minha vida.......... Ou simplesmente, Até logo, amiguita…….. Um beijo grande… …………..

DESEJADO

Á tua magia…………. Rendo-me…………… Deixar o corpo nas almofadas macias, cair …………….. Enroscar, envolver, esconder o corpo debaixo de uma manta de xadrez…. Cruzar as mãos em frente ao peito, as pernas ligeiramente flectidas e abandoná-lo… Literalmente… A suspiros profundos, a uma sensação de moleza, a um calor sadio, confortável………… Fechar os olhos e largar as amarras……………….. Num sono confiante…………. Desejado… Completo………………………

LUZ DA MADRUGADA

Espreguiço-me………. Os últimos vestígios da magia da noite…. a madrugada limpa……………. E, contigo, o vento igualmente decide partir…………… Só eu fico………… Ou não………… As tuas últimas palavras……. ainda as sinto, nos meus lábios impressas………….. Visto-me………… À luz da madrugada…………. Vejo como desabrocha, decora, glorifica o dia ……………………… Num brinde intenso………………………………. Que, nem, quando a noite se impõe, morre…………….

VONTADE

Vontade hoje tenho de flutuar....... Iludir o sol, esgueirar-me por entre os seus raios e na sua alma entrar....... Resposta a tudo ou a nada, talvez encontre....... Talvez volte para trás.... Talvez percorra o horizonte....... Até ao fim..... Descubra os segredos do arco-íris, o trajecto da chuva, a queda das cascatas...... Renasça como madrugada......... Desfaleça como pôr do sol............ Ou nada disso...

UNIR

" Sign my name across my heart I want you to be my baby Sign my name across my heart I want you to be my lady" (Terence Trent D’Arby – Sign my name) Segue-me..... Decifra as mensagens que, pela casa e com a ajuda do vento, espalhei....... Descalça os sapatos, as meias......as nuvens deves sentir...... Vem... Dança comigo.... Com o vento, com a lua....... Nas nuvens..........deslizando, derrapando....... Solta o corpo, desenha-te, define-te, encontra-te........ E, a mim te une..............

MENSAGEM

A "silk" despede-se do corpo....... Deixa-o desnudo.... Caí graciosamente, em pregas artísticas, no chão....... Uma nuvem fofa, macia que não revela os segredos da noite..... Apenas resta o perfume....... O mesmo perfume de que o corpo nunca se separa........ Que mensagens no espelho embaciado pelo vapor do banho escreve....... Mistério e sedução deixa por onde passa.......... Um sorriso enigmático que desaparece quando tu te aproximas........

SILK

Auto-observo-me……… Sinto a tensão, que ontem meus sentidos inflamou, desvanecer-se………… No leitor de CD’s, “The Corrs” – a música “Only when I sleep”.......... Navego no meu corpo, sinto-o imerso em água………… Fresca.. Selvagem….. Mesmo quando a tua mão suavemente o meu ombro toca……. “Sentir-me”preciso para depois, então em ti naufragar e o teu toque ser “silk”………..

BOM APETITE

Tenho..... Um charme irresistível............ Sou um rebelde, mas tenho uma causa....... É aliciar, provocar, seduzir e pecar..... Olhar para a balança e ficar desesperado.......... Mhm, mhm.............. A partir daqui, podem escrever o que quiserem – completar o meu texto, o vosso próprio texto ou apenas um comentário.. Aceita-se qualquer versão – a peso, em caixa, branco, preto, com recheio, etc....... BOM APETITE

LIBERTAR

Apenas o abdómen descansa no chão... O tronco ergue-se, inclina-se para trás...... Numa doce flexão... As mãos seguram os calcanhares......... Sou um anel...... Que encanta, brinca com o fogo......... Sou uma roda... De uma azenha...... Madeira sem cor, com falhas, podre de anos a fio a água do ribeiro recolher...... Ou um simples moinho ... Contra fantasmas e papões luto, o vento nas suas cruzadas acompanho, e de espada em punho o bem defendo.................. O bem (estar) de que o meu corpo se rodeia......... E que a minha mente liberta...............

REALIDADE DO DIA

Provoco-te........... Novamente......... Adoro......... Primeiro, contornar os lábios para que sintam o cheiro e antecipem o sabor... Depois, enfeitiço a tua língua e esmago-me contra os teus dentes........ Derramando o recheio.......... Que desliza lentamente pela garganta e faz com que o teu corpo dispare......... Em ondas de sensações... Incapaz que és de descrever............. Fechas os olhos, emites sons de prazer e tudo se esquece..... A chuva irritante, a discussão no quarto ao lado, até mesmo o enredo do livro que se aperta contra o peito...... Depois.......... Guarda-se o livro, respira-se fundo e enfrenta-se novamente a realidade do dia.........

BACI = BEIJOS

Baci.... O bombom ou os beijos que, ao meu ouvido sussurras?? Os que me roubas de madrugada quando partes e eu durmo ainda? Ou os que largas ao vento quando ausente estás??? Os que sonhas, não dás, mas eu adivinho??? As pistas guardadas no papel prateado e azul do bombom...... Declarações feitas há séculos por quem não nos conhece......... Porque as tuas não necessitam de palavras...... A partilha do bombom, a disputa pela noz e a fuga risonha e ruidosa pela casa com o papel de celofane com a declaração de amor na mão... Será que, tal como dizem (Shakespeare, penso eu), o amor é pura loucura???

PARADO AO FRIO

Que fazes aí, parado ao frio? Nunca de um convite, para invadires o meu quarto precisaste……….. Entraste sempre de rompante, arrebatando-me num abraço sufocante, fogoso… Para depois me largares, sem dó nem piedade, aturdida……….. O único som o teu riso trocista……….. Por isso, a pergunta repito: Que fazes aí, parado ao frio? Entra; és de casa……….. Uma casa onde o vento não entra e não faz tropelias não é uma casa…………… Faz-me rir alto, rodopiar, e não ligues se zangada, por deitares os meus livros ao chão, gritar……………………..

COMPLETAMENTE

Anseio por aquele momento....... Em que no meu horizonte te insinuas... e os teus raios pelo meu leito espalhas......... A minha cor é a tua............ Brilhamos................. Por entre as margens, navegamos.... Tranquilos, entrelaçando letras, recriando lugares.......... Completamente sós......... Á noite..... Eu, o Rio e tu, a Lua somos os reis reinantes de um mundo perdido, escondido, perfeito........... Pois, como amantes eternos, vivemos ...... Na neblina do tempo e do vento.........

ANTES

Não gosto que o meu silêncio perturbem.... Que a pureza das minhas águas corrompam, Ilegalmente com o que nunca lhes pertenceu..... Nunca as embelezou.............. Protejam-me.......... Como ao teu amor louco........... Irrequieto..... Com trocas de beijos profundos...... Com promessas plenas de energia e vida........ Como as minhas águas..... antes de as poluírem..........

SABORES

Por vezes, de ti medo tenho....... Ou ciúmes dessa tua aparente tranquilidade....... De como descreves as curvas, ou moldas as escarpas ou a terra sulcas........ Lanças o teu perfume, registas a tua marca, dás um sabor exótico ao vinho...... O vinho que te consagrou...... Que te brinda........ Num cálice, Em escandalosos reflexos de cor, sabores e emoções.........

PARA SEMPRE

Novamente… Me surpreendes........................... Com trajectos sinuosos… Sedutores……… O norte perco, pensar, fazer ou dizer não sei……….. Apenas os braços te estendo... Vem, enlaça-me... Dança comigo a valsa vienense………. É dia de Ano Novo………. Do Danúbio Azul………….. Não te preocupes se, nos passos te enganares… Goza o momento… Completa-o, torna-o especial…. Para sempre………………