ESTÁTUAS



Diz o poema:
"
nas linhas das mãos que os deuses escrevem
os mais belos romances
"
Mas que romance é este que termina, quase sempre com uma dor aguda no coração?

E, escrito nas linhas das mãos, porquê?

Essas linhas nas palmas das minhas mãos

que eu olho incessantemente

à procura da resposta que os deuses dizem ter deixado para mim?

E se, por aqui passaste, a espuma do mar já te levou,

uma recordação mais que fica

na memória do meu tempo,
que olhar para trás não me deixa,

porque o destino poderá transformar-me numa estátua de sal!
P.S.: O poema de Maria do Rosário Pedreira "A Casa e o Cheiro dos Livros"

Comentários

"
bater as asas do desejo
com destino traçado
pelo azul de um céu,
imaculadamente nascido no ventre da ternura.

languidamente ergo
o meu aconchego alado
e plano sossegado,
sem fim no horizonte
que envolve o meu ninho.
"

JAS
Anónimo disse…
Se calhar, se o destino estivesse mesmo escrito na palma das mãos, tudo seria mais fácil. Antes de nos apaixonarmos poderíamos ver o que nos esperava e não investíamos tanto...ou talvez não...

Beijinhos
_+*Ælitis*+_ disse…
Vivendo no passado e tentando ter as ganas de renascer para o presente e construir o futuro, nao é?
Ant disse…
Nem sempre as ausências são desaparecimentos, são apenas breves interlúdios.
Beijo
Pitucha disse…
Bonito o poema! Boa escolha.
Beijos
o alquimista disse…
Que a espuma do mar te traga tudo aquilo que desejas, atira os teus desejos ao vento, pode ser que que nas asas do mesmo o sonho aconteça.

Um terno e doce beijo
"O ALQUIMISTA"
o alquimista disse…
Que a espuma do mar te traga tudo aquilo que desejas, atira os teus desejos ao vento, pode ser que que nas asas do mesmo o sonho aconteça.

Um terno e doce beijo
"O ALQUIMISTA"
Su. disse…
qd o mar leva, é pq é para ser levado...
qd a mão existe, é pq é para ser escrito...
qd já nada esperares, é qd tudo acontece.

Já leste Osho? Ele tem um livro q adoro e acho q devias ler, chama-se "Alegria, a felicidade interior", encontra-o, vais gostar.

Bj
125_azul disse…
Olha bem para a palma da tua mão esquerda. Vês aquele montinho polpudo em oposição ao polegar, delimitado pela linha da vida? Aposto que é redondo e macio: é o monte da paixão, para poetisas passionais e sensíveis... Já podes acreditar no que está por vir!

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