CAMINHO DE CASA



Uma vez, eu escrevi que "nunca nos esquecemos do caminho de casa, haja o que houver".
Casa que,
ou porque decidimos que está na altura de termos o nosso próprio canto,
ou porque casamos e vamos constituir a nossa própria família
ou simplesmente porque queremos viajar ou trabalhar fora, deixamos para trás.
Também porque há conflitos no seio da família que não conseguimos resolver e a única resposta será a nossa saída.
Tudo depende da maneira como encaramos a vida e talvez achem que eu não saí de casa por medo, por cobardia!
Pode ter sido por todas essas razões,
mas a principal foi a falta de dinheiro
e neste momento,
deixar duas pessoas idosas, cujas capacidades diminuem de dia para dia, entregues a si próprias seria de uma crueldade extrema!
Estruturei a minha vida doutra maneira,
investi em interesses que também posso desenvolver em casa
e "eduquei" os meus Pais a respeitarem o meu tempo livre.
Às vezes, desespero-me, mas esta semana vai ser mais fácil, porque a mana Cristina, a mais sociável e divertida das 3, resolveu vir até cá.
Toda cheia de "nove horas", lá porque vive na capital.

Será que se esqueceu que veio para a cidade que é, em si, uma "nação"?
Claro que não – está em casa, não está?

Na casa onde cresceu, com as pessoas que a amam incondicionalmente e que a defenderão até à morte, se tal for necessário.
Tenho razão naquilo que digo - "nunca nos esquecemos do caminho de casa, haja o que houver".

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