A PINTURA DO CÉU

Ontem, o céu parecia uma pintura. Parecia que o pintor tinha acabado de preparar a tela e começado a cobri-la com a cor base. Escolheu um azul, tão translúcido que até feria os olhos e depois, lentamente, começou a esboçar as nuvens. Sem lugar certo, sem obedecer a um padrão – tal como é na realidade – formas surrealistas, prontas a fazer as delícias de quem gosta de contar histórias.
Esta nuvem – tão perto de mim; quase a podia tocar! - parecia uma mão, estendida. A outra, mais distante, parecia estar encolhida, como se tivesse medo de ser agredida. Aquela ali parecia estar a rir do ar zangado da outra.
Pena o calor opressivo, seco, que se concentrou ali me tenha obrigado a fugir e a procurar um sítio mais fresco.

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